Nesse post, vamos falar de alguns fatos que você talvez ainda não soubesse sobre a Independência do Brasil. Geralmente se sabe pouca coisa sobre o processo que culminou com a nossa dependência da Coroa Portuguesa. Apenas o que resta é a data de 7 de setembro para lembrar de um feriado nacional.
Exatamente, às margens do Rio Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822, nosso país tomava uma decisão histórica, importante, que mudariam as regras do jogo político-econômico com relação às decisões que vinham da metrópole lusitana, a Coroa Portuguesa.
Vejamos alguns fatos sobre a Independência do Brasil:
1º FATO: a volta de D. João VI a Portugal
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Imagem do Google: D. João VI |
Muitos chamam esse episódio de fuga da Corte, outros chamam de transferência da família real. O que se sabe é que, esse momento circunstancial, que envolve a saída da Corte para o Brasil, ocorre dentro do contexto das conquistas do exército de Napoleão Bonaparte, na Europa.
Fugindo de Portugal para a sua colônia, D. João VI evita, a todo custo, o confronto com o exército francês. A família real, portanto se abriga no Brasil, fugida do general Napoleão Bonaparte, que havia imposto a todos os países europeus, dominados por ele, a proibição de fazer comércio com a Inglaterra. Era o chamado BLOQUEIO CONTINENTAL.
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Imagem de WikiImages por Pixabay |
Como as ordens não foram cumpridas por Portugal, a família real e sua comitiva, deixa para trás o país e foge, protegido pela marinha inglesa. O exército de francês ocupa Portugal, tomando controle do país. Começa um novo ciclo em Portugal e também no Brasil com essas interferências, forçadas ou não.
No ano de 18O8, os franceses foram derrotados numa coligação Luso-Britânica, que consegue a vitória sobre o exército de Napoleão. A esta altura, sem governo, sem o monarca no país, Portugal é governado por um general inglês, chamado William Beresford, situação vexatória, para os portugueses que veem sua economia ameaçada.
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Imagem do Google: Mapa Bloqueio Continental imposto por Napoleão Bonaparte |
Sem a ameaça do exército francês, a volta da corte a Portugal poderia acontecer sem problemas, mas, o rei demorava no Brasil. Muitos lusitanos se queixavam da demora do retorno do rei.
Além disto, os portugueses se queixavam dos prejuízos deixados pela abertura dos portos brasileiros às nações amigas, causando prejuízos à economia portuguesa.
2º FATO: A Revolução do Porto de 1820
Esse movimento, de caráter militar teve início na cidade do Porto e se espalhou para outras cidades. Duas coisas exigiam os revoltosos: a volta do rei e uma constituinte liberal para Portugal. Essa pressão da corte apressou a volta de D. João VI.
A corte, liderada por deputados portugueses, aprovaram uma série de medidas, tais como, a restrição de liberdade administrativa e comercial do Brasil e o restabelecimento dos privilégios portugueses.
3º FATO: D. Pedro I, fica como Príncipe Regente no Brasil
Preparando-se para retornar a Portugal, D. João VI, estrategicamente, deixa seu filho, D. Pedro I no Brasil para administrar o país, prevendo uma possível ameaça por parte dos Republicanos, na tomada do poder e assumir o governo do país.

A permanência de D. Pedro I, não agradou a elite portuguesa que queria que, além do rei, viesse também o filho. Mas como já dissemos, o rei não poderia jamais deixar o Brasil sem a presença da Coroa.
Várias cartas vindas de Portugal, foram endereçadas ao príncipe regente e de forma ameaçadora, exigentes, inclusive a perda do seu poder como príncipe, o que fez com que o D. Pedro tomasse algumas medidas, como por exemplo, não aceitar nenhuma ameaça vinda de Portugal.
As relações com Portugal já não estavam bem em relação ao Brasil, e a permanência de D. Pedro somente causava muita ira entre os portugueses que queriam uma ação imediata.
Mediante a isso, D. Pedro I resolve tomar a iniciativa de efetivar definitivamente as relações com a Coroa Portuguesa. A resposta às cortes foi dita no dia 09 de janeiro de 1822. O príncipe regente informa que ficaria no Brasil. Fato esse considerado como o Dia do Fico.
4º FATO: Nem todos queriam a Independência
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No Nordeste era notório o descontentamento da população com os privilégios dos portugueses que exerciam no comércio, os impostos cobrados pelo governo português, com sede no Rio de Janeiro.
Em 1817, estourou a Revolução Pernambucana com objetivos claros: implantar em Recife a primeira república. O movimento teve adesão dos estados da Paraíba, alagoas e Rio Grande do Norte, instalando um governo provisório, mas não teve sucesso, pois as tropas enviadas do Rio pelo governo, reprimiu violentamente os revoltosos.
5º FATO: O grito da Independência
Com as relações cortadas e seu poder reduzido, D. Pedro I é orientado por José Bonifácio de Andrada e Silva, então ministro do conselho, para que houvesse o rompimento com Portugal.
No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil rompendo assim definitivamente com Portugal.
Mas há um fato curioso que especialistas e pesquisadores na história afirmam. O grito as margens do rio Ipiranga, como está estampado na tela famosa do pintor paraibano Pedro Américo.

Esse quadro foi pintado em 1888, encomendada pelo governo imperial e não retrata fielmente o fato. Alguns detalhes precisam ser revistos, tais como, a presença de D. Pedro I montado num cavalo.
De fato D. Pedro I nem se encontrava presente nas margens do rio Ipiranga conforme a tela pintada, pois segundo pesquisadores, ele se encontrava com problemas sérios estomacais. Bem, isso não muda o fato.
6º FATO: O reconhecimento da independência por Portugal
A primeira atitude de Portugal para reconhecer a separação de sua ex-colônia, foi exigir uma quantia em dinheiro. Portugal exige 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a separação.
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