Foto - CHIP SOMODEVILLA/AFP
Alguns dos pôsteres nas manifestações de supremacia branca em Charlottesville mostravam um homem atingindo com um martelo uma Estrela de Davi – a maior ameaça, aquilo que precisa ser destruído.
Manifestantes cantaram “Judeus não irão nos substituir” e “Sangue e solo!”, uma tradução direta do slogan nazista “blut und boden”, que remete à ideia de que judeus são intrusos poderosos e perigosos.
Isso culmina o fim de uma temporada que teve a Chicago Dyke March, marcha de mulheres lésbicas de Chicago, expulsando participantes que usavam uma Estrela de Davi na bandeira do orgulho LGBT, com a justificativa rasa de que iria “contra os valores antirracistas da marcha”, e debates sobre a possibilidade de Gal Gadot, uma israelita ashkenazi, ser uma pessoa não branca.
Principalmente nos últimos anos, houve um aumento de debates válidos sobre os modos como muitos judeus ashkenazi tem privilégio branco nos Estados Unidos.
Oprimidos ou privilegiados?
Então, somos oprimidos? Ou não? Os motivos para essa pergunta parecer complicada remontam ao milênio passado. Desde o surgimento do antissemitismo moderno, o ódio contra judeus está profundamente ligado à ideia de que judeus têm uma série de vantagens particulares.
Na Idade Média, judeus eram banidos de muitas profissões e ofícios, e muitas vezes era considerado ilegal que judeus fossem proprietários de terras.
Era mais conveniente para as autoridades locais permitirem que judeus trabalhassem em ofícios que eram repugnantes aos cristãos – principalmente agiotagem, que no mundo cristão era associado a depravação e pecado.
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