Como era o Brasil no Império? O período imperial da nossa história iniciou-se logo após a independência do Brasil, declarada em 7 de setembro de 1822, quando Dom Pedro realizou o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, estendendo-se até 1889, quando a República foi proclamada.
COMO ERA O BRASIL NO IMPÉRIO
Esse, no entanto, é apenas o final de um processo iniciado em 1808, quando a família real portuguesa se mudou para o Brasil, fugindo do exército de Napoleão, dando início ao Período chamado de período joanino.
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Apesar disso, o ponto de partida para a independência do Brasil ocorreu apenas em 1820, quando foi iniciada em Portugal a Revolução Liberal do Porto.
Nessa revolução, a burguesia portuguesa reivindicava o retorno do rei D. João VI para Portugal e exigia a revogação das medidas que garantiam maior liberdade econômica ao Brasil.
As exigências de Portugal foram enxergadas no Brasil como uma tentativa de recolonizar o país e de impedir o desenvolvimento econômico que estava em curso.
A partir daí, surgiu uma insatisfação dos brasileiros em relação a Portugal, dando início ao processo de independência do Brasil, liderado por Dom Pedro, nomeado por seu pai como regente do país.
Os desgastes nas relações entre Brasil e Portugal fizeram com que Dom Pedro proclamasse a independência do Brasil. O nosso país, então, converteu-se em uma monarquia, e Dom Pedro foi coroado imperador, tornando-se Dom Pedro I.
Periodização do Brasil Império
- Primeiro Reinado (1822-1831)
- Período Regencial (1831-1840)
- Segundo Reinado (1840-1889)
Primeiro Reinado
O Primeiro Reinado foi o período em que o país foi governado por Dom Pedro I, filho de Dom João VI e regente do Brasil até sua independência.
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Com a independência, determinadas regiões do país, como Pará e Maranhão, permaneceram fiéis a Portugal, desencadeando uma guerra no país.
Com o fim da guerra de independência, era necessário garantir que Portugal reconhecesse a independência brasileira.
Esse reconhecimento foi formalizado em 1825 por meio de negociações mediadas pela Inglaterra. A outorga da Constituição de 1824 foi o exemplo mais claro do autoritarismo que marcou o reinado de D. Pedro I.
Seu governo também foi marcado por decisões equivocadas, como a Guerra da Cisplatina, que destruiu nossa economia, e por rebeliões, que demonstravam a fraqueza do governo no comando do Brasil.
Pressionado por diversos grupos insatisfeitos, D. Pedro I renunciou ao trono em 1831, em favor de seu filho.
O filho de D. Pedro I, porém, não tinha idade para assumir o Brasil. Assim, iniciou-se um período de transição em que o país foi governado por regentes até que o futuro imperador tivesse a idade mínima para assumir o país – 18 anos –, conforme estipulava a Constituição de 1824. Esse período de transição ficou conhecido como Período Regencial.
Período Regencial
Regentes eleitos governaram o Brasil durante o Período Regencial, fase que ficou marcada pelas disputas entre os parlamentares brasileiros e por rebeliões provinciais.
Ao longo desse período, aconteceram rebeliões como a Cabanagem, Balaiada, Sabinada, Revolta dos Malês e a Revolução Farroupilha.
O período das regências teve fim com o Golpe da Maioridade, no qual os políticos brasileiros anteciparam a maioridade de Pedro de Alcântara para que ele pudesse ser coroado imperador do Brasil com 14 anos de idade.
Saiba mais sobre o GOLPE DA MAIORIDADE
Esse golpe parlamentar aconteceu em 1840, dando início ao Segundo Reinado.
Segundo Reinado
O Segundo Reinado, período em que Dom Pedro II foi o imperador do Brasil, estendeu-se de 1840 a 1889. O reinado de D. Pedro II pode ser dividido em diversas fases: um período inicial de consolidação, seguido por uma fase de auge e, por fim, um estágio de decadência.
A campanha abolicionista seguiu um longo percurso e foi um dos grandes acontecimentos que marcaram o Segundo Reinado.
Quando D. Pedro II assumiu a presidência, o Brasil era pressionado pela Inglaterra a proibir o tráfico de escravos da África.
Com a proibição do tráfico, em 1850, a monarquia iniciou uma transição bem lenta até a abolição do trabalho escravo do país, em 1888, durante os momentos finais da monarquia brasileira.
A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi um dos acontecimentos mais marcantes do Segundo Reinado.
Outro importante acontecimento do Segundo Reinado foi a Guerra do Paraguai, conflito que começou em 1864 e acabou em 1870 com a vitória do Brasil e de seus aliados.
Nesse combate, Brasil, Argentina e Uruguai uniram-se para lutar contra o Paraguai e contra o ditador Solano López. A Guerra do Paraguai foi resultado dos choques de interesses que existiam entre as nações sul-americanas e teve como consequência final a destruição do Paraguai.
Para o Brasil, as grandes consequências foram o enfraquecimento da monarquia e a instauração de uma forte crise econômica no país.
A decadência da monarquia, resultado de seu enfraquecimento nos meios políticos e nas elites econômicas do Brasil, fez com que o republicanismo ganhasse força como alternativa política. Essa forma de governo foi viabilizada pela conspiração dos militares contra a monarquia.
A Proclamação da República aconteceu em 15 de novembro de 1889, quando foi organizado um golpe militar para destituir o gabinete ministerial ocupado pelo Visconde de Ouro Preto.
A destituição do gabinete e as articulações políticas levaram José do Patrocínio a proclamar a república. D. Pedro II e a família real partiram, então, para a Europa em exílio.
Política e trabalho
Nos primeiros anos da monarquia, a vida política do Brasil concentrava-se em torno de três grupos políticos: liberais moderados, liberais exaltados e restauradores, cada um com suas próprias convicções políticas.
Durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, esses grupos converteram-se em dois, liberais e conservadores, os quais controlaram nossa política no Segundo Reinado.
Havia muitas tensões políticas no país envolvendo diferentes questões. Existiam os federalistas, que defendiam maior autonomia para as províncias, enquanto outros defendiam a centralização do poder para que as províncias não tivessem autonomia; alguns eram monarquistas, enquanto outros eram republicanos, etc.
A disputa entre liberais e conservadores pelo poder no parlamento, por meio do gabinete ministerial, deixava nossa política bastante instável.
D. Pedro II foi o responsável por controlar as disputas políticas e por criar um regime conhecido como parlamentarismo às avessas, sistema parlamentar no qual o imperador tinha plenos poderes de destituir o gabinete ministerial.
Em relação ao trabalho, as duas grandes questões eram referentes ao trabalho escravo e à chegada dos primeiros imigrantes europeus ao Brasil.
No que diz respeito à escravidão, destaca-se a pressão dos ingleses para que o Brasil colocasse fim ao tráfico de escravos – o que, inclusive, quase levou nosso país à guerra contra os ingleses.
O processo de transição para o fim do trabalho escravo foi realizado lentamente, demonstrando o desinteresse da monarquia em acabar com a escravidão no Brasil, uma vez que isso poderia prejudicar politicamente o monarca brasileiro.
No final da década de 1880, quando a situação já era insustentável, a campanha abolicionista ganhou força no país. Em 1888, a Lei Áurea foi assinada, proibindo o trabalho escravo dos negros em nosso país.
A vinda dos imigrantes ao Brasil surgiu como alternativa para substituir os escravos, que, após 1850, com a proibição do tráfico negreiro, estavam escasseando em nosso país.
Os imigrantes foram muito importantes para as fazendas de café, que começaram a crescer no Oeste Paulista. Vieram para o Brasil um grande número de italianos e portugueses, bem como alemães e espanhóis.
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