Mercantismo, o que é? O mercantilismo, ou sistema mercantilista, é um modelo econômico popular no mundo ocidental no período moderno, do século XVI a meados do século VXIII.
O termo se origina de comerciantes e está relacionado ao comércio e ao mercado. Portanto, envolve os meios de troca, compra e venda de mercadorias.
Foi uma prática econômica, que ajudou na consolidação da burguesia como classe social dominante.
Sua origem está na transição do feudalismo para o capitalismo, durante a crise da Idade Média e a formação dos Estados nacionais.
Os monarcas absolutistas intervinham na economia em busca de riquezas, como metais preciosos.
Quais os tipos de mercantilismo:
- Mercantilismo Comercial;
- Mercantilismo Industrial;
- Metalismo
As expansões marítimas promoveram a colonização da América por parte de Portugal e Espanha, onde o mercantilismo foi aplicado.
Essas práticas e ideias estavam baseadas:
-Intervenção do Estado na economia;
-Metalismo (busca por metais preciosos);
-Balança comercial favorável;
-Incentivo à manufatura;
-Protecionismo econômico.
Burgueses e monarcas absolutistas se uniram para fortalecer um ao outro, bem como expandir o comércio, que se consolidava como principal atividade econômica da Europa.
Esse período foi marcado pela expansão marítima, liderada por Portugal e Espanha. A busca por novas rotas até as Índias, em busca de especiarias para serem comercializadas no continente europeu, promoveu o reconhecimento de um novo continente, a América.
Iniciava a colonização dessa nova terra, o que levou para o outro lado do Atlântico as práticas e ideias mercantilistas. O colonialismo europeu contou com o apoio dos reis e o financiamento da burguesia.
A aliança entre reis e burgueses enfraqueceu a nobreza feudal. Durante a Idade Média, os nobres eram a classe social dominante e possuidores de grandes quantidades de terra, fonte de riqueza no período feudal.
Como a agricultura era a principal atividade econômica da Europa feudalista, os nobres eram os mais ricos e, consequentemente, os mais poderosos.
A crise do sistema feudal e as ascensões dos monarcas absolutistas e da burguesia colocaram um ponto-final no domínio nobre na Europa.
O mercantilismo não foi aplicado da mesma forma na Europa. Sua aplicação esteve condicionada ao contexto de cada nação.
Estados Nacionais e Mercantilismo
De forma resumida, podemos dizer que Portugal e Espanha investiram no colonialismo e utilizavam os países colonizados para melhorar a sua economia.
Existia nesse momento o que conhecemos como Pacto Colonial, ou seja, os países só podiam comercializar com as nações que os colonizaram.
Por exemplo, no período colonial, o Brasil produzia aquilo que era de interesse da Coroa Portuguesa.
A Inglaterra e a França estimulavam o industrialismo e o comercialismo para a obtenção de riqueza. Para tanto estimulavam o desenvolvimento das manufaturas e comércio interno.
A Holanda, por sua vez, teve grande representatividade no mercantilismo, pois possuía duas companhias comerciais: Índias Ocidentais e Índias Orientais.
Ela também estimulava o industrialismo e tinha como diferencial o crédito bancário por meio de suas instituições bancárias.
Mercantilismo e colonialismo americano
O sistema colonial sofreu grande influência da política econômica mercantilista. A partir do momento que as colônias eram criadas, elas “assinavam” um acordo de exclusividade.
Era por meio disso que os países colonizados passavam a atender os interesses da burguesia comercial europeia. Os exemplos mais conhecidos são Brasil e América Espanhola.
Vale destacar que o pacto colonial era uma forma de dominação entre a metrópole e a colônia. Em relação às questões econômicas, o país colonizado era obrigado a vender seus produtos por preços baixos à metrópole, que obtinha grande lucro com a revenda na Europa.
Podemos dizer que o sistema colonial foi a peça mais importante para o enriquecimento de muitos estados nacionais, constituindo componente fundamental do mercantilismo.
___________
Editor do blog
Postar um comentário