Poucos nomes permanecem tão envoltos em mistério, polêmica e teorias da conspiração quanto o de Lee Harvey Oswald. Quando falamos em “Quem foi Lee Harvey Oswald”, entramos em um dos capítulos mais debatidos da história política dos Estados Unidos.
Ele é lembrado, principalmente, como o acusado de assassinar o presidente John F. Kennedy em 1963, mas sua vida, personalidade e motivações continuam sendo tema de discussão entre historiadores, jornalistas e curiosos.
Este artigo busca ir além das versões superficiais, oferecendo uma análise detalhada sobre sua trajetória, suas escolhas de vida e o impacto histórico de suas ações.
A infância e juventude de Lee Harvey Oswald
Para entender quem foi Lee Harvey Oswald, é preciso olhar para suas origens. Nascido em 18 de outubro de 1939, em Nova Orleans, Oswald cresceu em um ambiente instável. Seu pai faleceu pouco antes de seu nascimento, deixando a mãe, Marguerite Oswald, responsável pela criação dele e dos irmãos.
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Fonte: Lee Harvey Oswald - Wikimedia Commons |
A falta de uma figura paterna, as dificuldades financeiras e mudanças constantes de residência moldaram sua infância. Ele teve problemas de disciplina na escola e, desde cedo, mostrou sinais de isolamento social. Aos 17 anos, decidiu ingressar no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (Marines), o que se tornaria um ponto crucial em sua vida.
O período no Corpo de Fuzileiros Navais
Entre as fases mais marcantes da sua vida, está o período em que serviu como fuzileiro naval. Ali, Oswald aprendeu técnicas de tiro que mais tarde seriam usadas como argumento para sustentar sua suposta participação no assassinato de Kennedy.
Oswald não era considerado um soldado exemplar. Foi punido por má conduta e teve atritos com superiores. Ao mesmo tempo, desenvolvia um interesse crescente pela política, especialmente pelas ideias marxistas. Ele chegou a estudar o idioma russo por conta própria, um detalhe que indica a seriedade de sua inclinação ideológica.
Esse interesse pelo comunismo em plena Guerra Fria levantou suspeitas e chamou atenção de órgãos de inteligência. Já começava a se desenhar o perfil enigmático de quem foi Lee Harvey Oswald.
A deserção para a União Soviética
Em 1959, Oswald tomou uma decisão radical: desertou para a União Soviética. Essa escolha chocou sua família e chamou atenção das autoridades americanas. Ao chegar em Moscou, tentou renunciar à cidadania dos EUA, alegando que não queria mais fazer parte de um país capitalista.
Embora tenha sido recebido inicialmente com desconfiança pelos soviéticos, conseguiu permanecer na União Soviética e foi enviado para trabalhar em uma fábrica em Minsk. Lá, conheceu Marina Prusakova, com quem se casou em 1961.
No entanto, sua vida na União Soviética não foi exatamente como sonhava. O regime comunista não lhe deu grandes privilégios, e Oswald começou a se sentir frustrado. Em 1962, decidiu retornar aos Estados Unidos, levando consigo sua esposa russa e iniciando um novo capítulo de sua trajetória.
O retorno aos Estados Unidos e o ativismo político
De volta aos EUA, Oswald se estabeleceu inicialmente no Texas. Ele tentava encontrar seu lugar no mundo, mas parecia sempre em conflito. De um lado, criticava o capitalismo americano; de outro, demonstrava certo desapontamento com o comunismo soviético.
Em Nova Orleans, Oswald fundou um grupo pró-Castro chamado "Fair Play for Cuba Committee". Distribuía panfletos, participava de protestos e se colocava como um defensor ferrenho de Fidel Castro, o que gerava atrito com vizinhos e familiares.
Esse ativismo reforça a visão de quem foi Lee Harvey Oswald: um homem dividido entre ideologias, mas sempre em busca de protagonismo político.
O dia do assassinato de John F. Kennedy
No dia 22 de novembro de 1963, em Dallas, Texas, o mundo parou diante da notícia de que o presidente John F. Kennedy havia sido assassinado. Os disparos contra o carro presidencial vieram do Texas School Book Depository, prédio onde Oswald trabalhava.
Minutos depois, Oswald foi visto deixando o local. Pouco tempo depois, matou o policial J.D. Tippit, em um confronto nas ruas. Ele foi preso em um cinema e acusado oficialmente do assassinato de Kennedy.
A polícia considerou o caso encerrado: para eles, Oswald era o atirador solitário que mudou os rumos da história americana. Mas seria ele realmente o único responsável?
A morte de Lee Harvey Oswald
Dois dias após a prisão, enquanto era transferido da cadeia para outra unidade, Oswald foi assassinado por Jack Ruby, dono de uma boate em Dallas, diante das câmeras de televisão.
Essa morte súbita aumentou ainda mais as suspeitas de conspiração. Afinal, por que um homem acusado de um crime tão grave não teve a chance de ser julgado? Essa pergunta ecoa até hoje nos debates históricos.
As investigações oficiais e as teorias da conspiração
A Comissão Warren, criada para investigar o assassinato de Kennedy, concluiu que Lee Harvey Oswald agiu sozinho. Contudo, essa versão nunca convenceu totalmente a população.
Diversas teorias surgiram:
- Teria ele agido em conjunto com a máfia?
- Seria parte de uma operação da CIA ou da KGB?
- Haveria envolvimento do governo cubano ou soviético?
Apesar das investigações posteriores, incluindo o Comitê de Assassinatos da Câmara dos EUA nos anos 1970, a verdade definitiva nunca foi estabelecida. Isso faz com que o mistério em torno de quem foi Lee Harvey Oswald continue vivo.
A complexidade psicológica de Oswald
Para além das teorias conspiratórias, a figura de Oswald chama atenção pelo seu perfil psicológico. Ele não era apenas um “assassino frio”, como muitos acreditam. Relatos de familiares e amigos o descrevem como um homem inseguro, carente de reconhecimento e em busca constante de uma identidade.
Sua trajetória é marcada por contradições: militar nos EUA, desertor para a União Soviética, ativista pró-Castro, crítico do comunismo, e finalmente, acusado de assassinar o presidente mais popular da época.
Esse mosaico de contradições ajuda a compreender, ainda que parcialmente, quem foi Lee Harvey Oswald.
O legado histórico de Lee Harvey Oswald
Independentemente de sua culpa ou inocência, Oswald se tornou uma das figuras mais controversas do século XX. Sua vida e morte marcaram a história americana e abriram espaço para um debate permanente sobre poder, política e manipulação da informação.
Para os estudiosos, entender quem foi Lee Harvey Oswald é também compreender como indivíduos aparentemente comuns podem se tornar peças centrais em eventos históricos de impacto mundial.
Perguntas para reflexão
- Você acredita que Lee Harvey Oswald agiu sozinho ou fazia parte de uma conspiração maior?
- Até que ponto sua vida instável influenciou nas escolhas que o levaram ao assassinato de Kennedy?
- O caso Oswald mostra como indivíduos comuns podem mudar a história?
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