O que foi a Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira, foi um movimento elitista, separatista, ocorrido no período colonial, em Minas Gerais em 1789, insatisfeitos com altos impostos cobrados pelos portugueses.
Contexto
No final do século XVIII, Minas era a capitania mais próspera, considerando a atividade mineradora, que proporcionou riqueza e desenvolvimento para aquela região. Esses detalhes da capitania, fazia com que a Coroa ficasse de olho em Minas Gerais.
A revolta da Inconfidência mineira ocorre em pleno ciclo do ouro. A ideia dos inconfidentes era conquistar a liberdade, implantando o sistema de governo republicano brasileiro. O lema da Conjuração Mineira era “Liberdade ainda que Tardia”.
O que queriam os inconfidentes?
- Romper com a Coroa e implantar um sistema republicano;
- Criação de industrias;
- Fundar uma universidade em Vila Rica;
- Acabar com o monopólio português na região;
Percebam que o movimento não tinha nenhum interesse com relação à questão da escravidão. O tema não fazia parte da pauta desse grupo.
Quem participou do movimento?
Apesar de ser um movimento de elite, os envolvidos com a inconfidência
eram dos mais variados ofícios, e entre os conspiradores havia membros da
Igreja Católica, magnatas da região, comerciantes, fazendeiros, médicos etc.
O grupo era liderado por Joaquim José da Silva Xavier, formado pelos
membros Tomas Antônio Gonzaga e Claudio Manoel da Costa, o padre Rolim e outros
que faziam parte da elite mineira.
Delação Premiada
Você sabe o que é uma
delação premiada? Joaquim Silvério dos Reis é o principal informante da
Inconfidência Mineira. Ele é o principal, pois tinham mais outros que
denunciaram. O movimento foi lançado em 1788 e 1789 e foi uma das primeiras
tentativas do Brasil de independência do domínio português.
A Inconfidência Mineira foi revelada antes mesmo de ser realizada. Os
participantes foram denunciados, enquanto ainda estavam se preparando para a
ação.
Foram avisados de que sua conspiração havia sido denunciada às
autoridades. Portanto, a situação de todos era perigosa e a qualquer momento
seriam presos.
O governador da capitania, recebeu várias denúncias. Uma dessas
denúncias foi realizada por Joaquim Silvério dos Reis.
Um dos fatores que contribuíram para a falta de autoconfiança em Minas Gerais foi que as elites mineiras deviam muito ao poder central - a família real portuguesa na época.
Foi o caso do próprio Joaquim Silvério dos Reis, ele fez parte do movimento, mas resolveu seus problemas condenando seus companheiros. Em troca, sua dívida foi perdoada pelo governo.
Por causa da extração de ouro e diamantes, Minas era a mais rica do Brasil. A exploração trouxe uma enorme riqueza e fez Minas Gerais prosperar e crescer.
A atenção da Coroa portuguesa sobre sua capitania mais importante era redobrada e, no século XVIII, a relação entre os habitantes da capitania e a Coroa começou a demonstrar sinais de desgaste.
O que aconteceu com os inconfidentes?
Após as prisões, veja o que aconteceu com os inconfidentes:
Foram deportados para a África;
Condenados à prisão perpétua;
Condenados à morte e enforcamento.
Uma carta muda a forma de execução de Tiradentes: a carta enviada por d.
Maria, rainha de Portugal, perdoa a todos, menos a Tiradentes.
Tiradentes teve a execução mais cruel possível, por ser o propagandista
do movimento, tendo sido considerado pela Coroa Portuguesa como extremista do
grupo. Serviu como exemplo para intimidar outros movimentos que possivelmente
fosse organizado em solo brasileiro.
Tiradentes foi executado por meio de enforcamento. Seu corpo foi
esquartejado e distribuído em várias partes da cidade, inclusive na estrada que
fazia ligação de Rio de Janeiro a Minas Gerais.
Sua cabeça foi colocada em exposição na praça central de Vila Rica, onde
hoje é Ouro Preto. O propósito da exposição de partes do corpo pela cidade, era
para intimidar a todos que pensassem em promover revoltas no Brasil.
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