EXPANSÃO ISLÂMICA

Expansão Islâmica. O Islamismo ou Islã, é uma religião fundada por Maomé, no século VII. Religião com muitos seguidores, denominados de muçulmanos. O Islamismo exerce uma grande influencia no mundo árabe e no mundo em geral.

QUAIS AS ORIGENS DO ISLAMISMO?

O berço da civilização árabe é a Península Arábica. Ocupada por povos árabes desde 1500 a. C. Localizada no Oriente Medio, a região era habitada por povos que se organizavam em tribos. Ou seja, a organização social era baseada nos laços de parentescos entre essas tribos de origem semita.

Foto: Árabe orando ao por do sol
Imagem criada com o canva.com

As tribos no norte e do centro da península eram seminômades, dedicados ao comercio. As tribos do sul, desenvolveram a agricultura e a criação de animais.
Os antigos árabes eram politeístas. Acreditavam em diversos deuses e cultuavam elementos da natureza. Todos eram subordinados a um único deus superior, chamado de Allah (Alá) e eram reverenciados na grande pedra negra sagrada, localizada na cidade de Meca, chamada de Caaba.

MAOMÉ E O SURGIMENTO DO ISLÃ

No ano de 570, na cidade de Meca, nasceu uma das mais importantes personagens da história árabe: Maomé. Pertencia a tribo dos coraichitas. Foi guia de caravanas, casou-se aos 25 anos com uma rica viúva chamada de Khadija.

Durante suas viagens nas caravanas, Maomé desenvolveu habilidades comerciais. A vida religiosa do profeta Maomé, foi marcada pelo contato com a religião cristã e a religião judaica. 
Esses contatos consolidou sua fé de uma forma que o profeta cria um novo credo baseado no monoteísmo: o islã. 

Segundo o costume islâmico, Maomé teve sua primeira revelação divina numa caverna, próxima a Meca. Um anjo de nome Gabriel teria aparecido e dizendo-lhe que ele seria o profeta enviado de Deus, cuja missão seria anunciar e pregar a fé em um único Deus.

A missão do profeta seria de transmitir os ensinamentos em versos recitados. Esses versos ficou conhecido como Corão ou Alcorão, um livro sagrado do islamismo.

Al Corão
Imagem de Mohamad Trilaksono de Pixabay
A pregação de Maomé condenava o politeísmo e a idolatria  da Caaba, a perseguição seria questão de tempo. Os lideres coraichitas, temendo perder seu poder político e os lucros, originados das peregrinações ao lugar sagrado. Maomé foi perseguido, juntamente com seus seguidores.

As pregações de Maomé feriam os interesses comerciais. Os cuidados com a Caaba era de responsabilidade dos comerciantes, que lucravam com o comercio nas peregrinações à Pedra Negra, considerada sagrada.

Pedra Negra
Imagem por Konevi de Pixabay
Para fugir da perseguição e não acabar sendo morto, o profeta fugiu para a cidade de Medina, em 622. Esse fato ficou conhecido como a Hégira, que em árabe significa, fuga. Assim também a fuga de Maomé, marcou o início do calendário muçulmano. 

A primeira comunidade muçulmana surgiu nessa região, onde já existiam milhares de seguidores muçulmanos. Juntamente com seus seguidores, no ano de 627, Maomé toma a cidade de Meca, organizando o sistema religioso voltado para o monoteísmo. Meca se torna o centro religioso para todos os muçulmanos, a cidade santa.

Na conquista da cidade, o profeta destruiu os ídolos da Caaba, deixando apenas a Pedra Negra, que se tornou o símbolo dos peregrinos muçulmanos.

A MESQUITA

Mesquita é o local de culto, onde se reúnem os muçulmanos para adoração e leitura do livro sagrado, Alcorão. A primeira mesquita foi construída na cidade de Medina.

Cinco pilares são obrigatórios para todo muçulmano:

1. Crer somente em um Deus, Alá e Maomé, seu profeta;
2. Dar esmolas aos pobres;
3. Jejuar durante o mês de Ramadã;
4. Fazer cinco orações diárias com o rosto voltado para Meca;
5. Ir pelo menos uma vez à cidade de Meca.

Foto da mesquita de Ubudiah na Malásia
Mesquita de Ubudiah, Malásia.  Créditos: iStock

Depois da morte do profeta Maomé, seus sucessores foram chamados de califas. A religião muçulmana já se encontrava consolidada.

EXPANSÃO ISLÂMICA

A expansão islâmica deu inicio com a conquista do território bizantino e persa. Os muçulmanos à medida que conquistavam novos territórios, transmitiam sua fé entre os povos conquistados.
Omar, o sucessor de Abu-Bekr, consolidou a unidade do povo islâmico, centralizando o governo e conquistando territórios da Síria, Palestina, Pérsia e Egito.

As guerras muçulmanas tinham como objetivos a conversão de infiéis à sua religião e, também, a expansão do comércio internacional. Passaram a controlar o comércio no Mar Mediterrâneo, acumulando lucros e ampliando o poder de seu império.

Os muçulmanos sofreram uma derrota no Império de Carlos Martel, na Batalha de Poitiers, no ano de 732. Apesar da derrota, eles dominavam as rotas comerciais marítimas no Mar Mediterrâneo.

Foi com a construção de Bagdá, no ano de 762 que o império islâmico se desenvolveu mais ainda, aumentando a circulação de mercadorias, uma vez que a cidade se localizava entre o Oriente Medio e parte da Ásia. 

Assista esse vídeo e saiba mais sobre o Islamismo

Creditos: Canal de Leandro Karnal

A Igreja Católica via nos muçulmanos uma ameaça à cristandade do Ocidente. Embora conquistando vários territórios, em alguns desses, os muçulmanos permitiam que os dominados exercessem sua crença ou vivessem em territórios islâmicos. Em outras regiões os dominados eram convertidos ao islamismo.

Em 1258, os mongóis ocuparam a cidade de Bagdá, tornando insustentável a permanência do império Islã. 

Os árabes foram derrotados e expulsos da Península Ibérica, no ano de 1492. Embora a derrota dos árabes tenha sido definitiva, sua presença no mundo ficou bastante acentuada, tanto na fé, quanto nas atividades comerciais. 

Na Península Ibérica é impossível não sentir a presença árabe, nos costumes, na arte, na linguagem e no cultivo e de alguns cereais.
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Editor do blog

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