O QUE É INTOLERÂNCIA?

O que é intolerância? Para entender um pouco o que é intolerância, vamos definir o que é tolerância, para compreender um pouco o significado do seu antônimo.

O QUE É INTOLERÂNCIA?

Tolerância é a qualidade ou a boa disposição dos que ouvem com bastante paciência as opiniões contrárias às suas. Trocando em miúdo, é a habilidade de ouvir a outros, sem, contudo, lhes dirigir palavras ofensivas ou não.

O que é intolerancia?
Imagem criada no Canva.com

A palavra intolerância vem do latim “intolerantia”, que significa impaciência de suportar, falta de condescendência e de compreensão, inflexível, rígido, não admitindo que ninguém se oponha às suas opiniões. Portanto, intolerância é o oposto de quem ouve e respeita as opiniões contrárias.

Aliás, um dos pensadores que já preconizava esse tipo de comportamento na sociedade, escreveu em sua Carta Sobre a Tolerância, defendia os direitos dos indivíduos e a liberdade religiosa, no contexto do absolutismo. Estamos falando de John Locke, filósofo inglês (1632-1704), autor da obra publicada em 1689.

No século XVIII, os autores iluministas afirmavam que o predomínio da razão sobre a fé, representando a visão de mundo da burguesia. Para eles, comportamentos intolerantes, contrariavam os direitos naturais dos homens, tais como: direito à vida, à liberdade e à propriedade.

O pensamento iluminista influenciou bastante na elaboração da Declaração Universal dos Direitos do Homem o qual foi proclamada em 1948 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

O QUE CAUSA A INTOLERÂNCIA?

“Posso não concordar com uma única palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-la”(Voltaire). Esta frase diz tudo sobre a tolerância necessária entre as pessoas de bem numa sociedade.

Segundo a antropóloga Françoise Heritier, a intolerância está associada à dificuldade de reconhecer a expressão da condição humana no que nos é absolutamente diverso. Somada a esse fator estão também ligadas o isolamento e cultura do medo, individualismo e imediatismo e a crise política e econômica.

Quando olhamos para a história vamos entender que a intolerância esteve presenta na sociedade.

LINHA DO TEMPO DA INTOLERÂNCIA

Antiguidade clássica - Na antiguidade, os romanos, por meio de imposição, fizeram com que seus subjugados aceitassem a cultura e civilização romana, considerando-as como uma cultura superior aos demais povos.

SOLDADO ROMANO NA CHARRET
Imagem de Franck Barske por Pixabay

A cada invasão e posse de territórios, os romanos marcavam presença, sobretudo, com a implantação de sua cultura aos povos por eles escravizados ou não. Evidentemente que o mesmo aconteceria posteriormente a eles, com a invasão bárbara, com o enfraquecimento e queda do Império romano.

Idade Media – Nessa época, quem comandava e orientava a vida da sociedade medieval era a Igreja Católica. O catolicismo impôs sua vontade, por meio de suas doutrinas à população que pensasse ou defendesse doutrinas ou práticas diferentes das que eram ensinadas e pregadas pela Igreja.

Todos que pensassem contrários, seriam capturados, julgados e punidos pela Santa Inquisição do Tribunal do Santo Ofício. Igreja por meio dessa instituição apavorante, dominava e impunha o medo a quem pensasse diferente.

A intolerância nessa época, ficou muito mais acentuada com as crescentes prisões, punições espalhadas pela Europa e outras localidades. A Inquisição católica, era o retrato da intolerância, implacável, rígida.

No Brasil não seria diferente, temos vários momentos da história do Brasil com a escravidão, a perseguição aos indígenas e a tortura no período da ditadura militar a partir de 1964.

INDIGENAS
Imagem licenciável do Google

Temos um momento muito mais triste ainda, na história, com a ascensão do fascismo e do nazismo, os chamados regimes totalitários.

Foi no regime nazista na Alemanha de Hitler que vimos uma verdadeira imagem da intolerância, levando à morte de milhões de judeus, com uma demonstração clara do nazismo contra todos os que tinham opiniões contrárias ao sistema nazista.

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Considerando que, no caso dos judeus, nem se pode cogitar que foi um caso de opiniões contrárias ao regime nazista. Foi mesmo um extermínio.

Uma atrocidade implementada por uma política nefasta do nazismo alemão, sem nenhum direito de defesa das vítimas do holocausto, eliminando mais de 6 milhões de judeus nos campos de concentração.

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Infelizmente, ainda no mundo existem muito radicalismo, muita atrocidade propagada, por meio da intolerância usada na sociedade. Como falamos no início, ninguém precisa concordar nem usar de violências para calar todos os que sejam contrários às opiniões de cada um. Sejamos mais humanitários, respeitemos uns aos outros.

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Editor do Blog

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