SERIA O FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA?

O fim da União Sovietica? Muitos países, após a Segunda Guerra Mundial, tiveram sua economias arrasadas. Um exemplo claro disso foi a União Soviética. O país se encontrava arrasado economicamente.

O saldo de mortos vitimados pela Segunda Guerra Mundial foi cerca de 20 milhões de pessoas. Além do estrago na população, a guerra também  trouxe enormes prejuízos a economia russa.

Leia também Segunda Guerra Mundial - Parte 1

Segunda Guerra Mundial - Parte 2

Na Segunda Guerra Mundial, muitas propriedades foram totalmente destruídas no conflito, causando um cenário de horror nas localidades atingidas.

Fim da russia
Imagem do Google

PLANOS DE STALIN

Com o objetivo de recuperar o estrago da guerra no país, Stalin colocou em prática planos para a retomada da produção nas indústrias bélicas e de máquinas. 

Os planos econômicos  de Stalin deram impulsos a industrialização a Sibéria,  a mecanização  no setor agrícola e impulsionou a indústria pesada.

Nesses aspectos econômicos dos planos colocados em prática, houve o fortalecimento do desenvolvimento do país e por extensão, fortaleceu o poder do líder russo.

Em contra partida a todo esse impulso já  mencionado acima, a Rússia vivia um período de escassez dos bens de consumo e produtos agrícolas, para o mercado interno.

Somado a essas questões, o poder autoritário de Stalin era percebido em sua política ditatorial. Foi imposto um regime de terror, sem possibilidades de diálogos com quem fosse contrários ao governo stalinista.

Foto de Stalin
Imagem do Google

Com a morte de Stalin, no ano de 1953, Malenkov foi quem protagonizou a desestalinizacao no país. 

Com a renúncia de Malenkov, em 1955, o novo líder da Rússia  era Kruchev.

MUDANÇAS 

O novo líder político seguiu a política de desestalinização da Rússia. O Partido Comunista procurou dar uma nova roupagem, restaurando os rumos político, redemocratizando e corrigindo erros cometidos no governo de Stalin.

Procurando tirar toda imagem negativa imposta pela politica stalinista, o novo líder criou espaços de diálogos na política externa com os Estados Unidos da América.

Problemas não deixaram de existir, principalmente, econômico, atingindo o setor agrícola.

Juntando essas questões econômicas e a questão que envolvia o fracasso dos mísseis em Cuba, assim como insatisfação de setores conservadores, contrários a reformas mais profundas, o desgaste do governo era iminente.

Saída de Kruchev, dá  lugar ao novo líder da Rússia em 1964, Leonid Brejnev, um conservador que representava a burocracia soviética.

Sua política, contrária do seu antecessor, Brejnev, deu poderes ao Partido Comunista da União Soviética, com supremacia sobre os demais partidos políticos comunistas do Leste Europeu.

DOUTRINA BREJNEV

Com essa hegemonia, a russia podia intervir militarmente em países que contrariassem o seu poder. Essa política ficou conhecida como Doutrina Brejnev.

Essa política pôde ser observada na invasão a Tchecoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia, em 1968, impedindo a manifestação por uma abertura política nesse país. Esse episódio  ficou conhecido como a Primavera de Praga.

Protesto:Primavera de Praga
Imagem do Google

Outros conflitos surgem dentro dessa configuração política conservadora de Brejnev. O conflito que resultou numa tensão entre a Rússia e a China, só  piorava as relações diplomáticas entre eles.

DIPLOMACIA

Em relação aos EUA, a diplomacia foi se resolvendo aos poucos. Somente a partir do ano de 1973, os dois mantiveram um diálogo. 

Com a invasão do Afeganistão pela Rússia, para reprimir uma manifestação religiosa, os dois países voltaram ao isolamento diplomático em Dezembro de 1979.

Diga-se de passagem que enquanto se estendiam essas questões  políticas,  a Rússia  passava por um rápido processo de urbanização  e escolarização. 

Em 1980, estimava-se que 66% da população  da Rússia  vivia em cidades. Praticamente o analfabetismo tinha sido suprimido do país. 

Contudo, internamente, as dificuldades econômicas provocavam os problemas sociais.

Já eram visíveis os sinais de empobrecimento econômico na década de 1970, piorando nos anos posteriores.

Após a morte de Brejnev, em 1982, os próximos líderes buscaram resolver os problemas. Sem sucesso.

Em Março de 1985, assume o poder como secretario-geral do Partido Comunista, Mikhail Gorbachev, lançando uma politica  de reforma  e transformação.  

Mikhail Gorbachev
Imagem do Google


Mikhail Gorbachev assume com a pretensão  de modernizar o Estado soviético, reduzindo  a centralização,  Com o objetivo de enfrentar os problemas econômicos e políticos que tanto abalavam a soviética. 

Para isso, Mikhail Gorbachev adotou medidas para a reestruturação da economia e ampliação das liberdades políticas.

REFORMAS DE GORBACHEV

Dentre as medidas e reformas, uma delas foi a corrida armamentista. Os gastos militares somente aumentava a crise economica.

A Rússia nessa epoca travava uma competição "desnecessária" com os EUA, uma vez que havia setores da sociedade com maiores necessidades desses investimentos.

Gorbachev suspendeu os testes nucleares, reduziu investimentos  Em armamentos estratégicos. Ele determinou ainda a destruição dos arsenais nucleares da Rússia até  o ano 2000.

Ele retirou tropas do Afeganistão em 1989, o que causou certos problemas e insatisfações com alguns setores político.

Essas medidas, evidentemente, foram vistas com bons olhos no mundo, o que tornou o líder soviético a ganhar a simpatia externamente e internamente.

Foram lançados dois programas com o propósito de equilibrar a situação em que estava mergulhado o país.

O líder soviético entendia que os principais  dilemas econômicos estavam nos gastos dos recursos públicos  e excessiva centralização da produção  nas mãos do Estado.

Foi aí que surgiu a ideia de implantar o conjunto de medidas para modernizar a economia chamada de Perestroika (Politica de Reestruturação ).

Essa política de reestruturação agradou tanto a ocidentais quanto aos próprios  soviéticos. 

Em Abril de 1986, Gorbachev anuncia o outro programa, com a finalidade de tornar público, transparente, as ações e administração do Estado. Essa política foi chamada de Glasnot (Política da Transparência ).

A política da Transparência colaborou com a liberdade de expressão e liberdade de presos políticos. Essas informações  disponíveis ao público,  abriu possibilidades de debates em torno de problemas econômicos, políticos  e sociais da União Soviética.

Era possível discutir nas televisões, as questões  sobre sexualidade, corrupção e liberdade. Com a liberdade de expressão sem vigia e punições,  os soviéticos podiam expressar suas críticas ao regime.

NEM TUDO SÃO FLORES

Havia uma forte adesão ao governo, mas aos poucos essa adesão vai se tornando fraca, criando um ambiente de insatisfação e críticas.

Os trabalhadores temiam perder seu emprego, enquanto na ala mais jovem a adesão ao movimento reformismo radical, questionava o próprio socialismo.

No ano de 1986 surgiu um protesto contra a nomeação de um soviético russo para o cargo de primeiro-secretário do Partido Comunista, culminando com dois mortos e muitos feridos no conflito.

Outros conflitos foram se expandindo, um deles foi na região do Cáucaso. O controle da região  de Nagorno-Karabach, passou a ser disputada por Arménios, e azerbaijanos, localizada em território do Azerbaijão.

Por causa dos conflitos, o governo achou necessário enviar tropas para conter o protesto.

No ano de 1989, em outra região se iniciou outro conflito. Dessa vez, ocorreu na Geórgia, um país caucasiano. O exercito da Rússia abriu fogo contra os que estavam na manifestação. Resultado: 16 mortos.

SERIA O FIM DO SOCIALISMO?

As reformas do governo de Gorbachev em conjunto com a crise das nacionalidade na União Soviética, refletiram nas demais regiões cujos países eram socialistas no Leste Europeu.

O resultado disso tudo é que, esses países foram abandonando, gradativamente, os regimes socialistas e em seu lugar, foram surgindo ideais de países livres do regime comunista soviético.

Outros países que tinham ligação com Moscou, como a Hungria e a Polônia, foram se desligando do regime soviéticos substituindo seus governos. Era o fim do partido único.

Esses acontecimentos populares, vão se expandindo e atingindo outros países, por adesão ao novo regime, como um efeito cascata. 

Logo na República Democrática Alemã - RDA (Oriental) houve movimentos, agitação da população, tomando as ruas do país. Diante desse movimento, A Alemanha Oriental, divulgou que abriria todas as suas fronteiras com a República Federal Alemã - RFA (Ocidental). Isso no ano de 1989.

O caminho para o fim definitivo da divisão entre esses países estava chegando ao seu termo. O Muro de Berlim, que fora erguido em 1961, foi abaixo pela ação de manifestantes. 

Leia mais sobre o Muro de Berlim

As duas cidades assistiam a celebração eufórica de um marco histórico importante do século XX por milhares de pessoas nas ruas. 

No ano de 1989, aconteceu o processo de reunificação da Alemanha, dividida no pós-Segunda Guerra Mundial.

Todo esses movimentos, revoltas, protestos, logo se espalharam em outras regiões. A Queda do Muro de Berlim foi como um incentivo para tomada de decisões nos países do Leste Europeu.

A substituição do socialismo como projeto do governo soviético, para uma economia de mercado, foi realizado sem confrontos armados.

Na Romênia não se pode falar de uma transição tranquila. Houve, sim um confronto bastante violento contra o governo comunista de Nicolae Ceausescu. O final, foi a prisão e julgamento do ditador Ceausescu e esposa, sendo posteriormente ambos executados.

Tchecoslováquia, que tinha um regime apoiando a União Soviética, ruiu em 1989. Como esse movimento de manifestações foi resolvido em tempo hábil e sem conflitos, ficou conhecido como Revolução de Veludo.

O sentimento nacionalista começa a despontar em vários países. Em 1993, motivados por esse sentimento nacionalista, a Tchecoslováquia foi dividida em dois países: República Tcheca e Eslováquia.

O FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA?

Os próximos passos será a fragmentação da União Soviética. Isso acontecerá no período entre 1989 a 1991. 

Infográfico  criado com o Canva.com

O avanço da emancipação de vários países no Leste Europeu, refletiram na União soviética, provocando mais ainda a crise politica.

A fragmentação do país já era uma realidade. Gorbachev tentou evitar o fim da União soviética propondo pactos entre as federações, mas sem sucesso.

Em 1991, Boris Yeltsin, foi escolhido presidnete da Rússia, a principal república sovietica, numa eleição direta, com 57,3% dos votos.

Uma crise politica provoca saídas de várias repúblicas soviéticas, declarando emancipação dessas repúblicas. Em 1991, Boris Yeltison criou a Comunidade dos Estados Independentes (CEI). 

O governo de Yeltsin provocou um clima polêmico na politica por conservadores que não queriam reformas democráticas e modernizantes.

Não havia mais espaço para diálogos. As repúblicas independentes estavam se encaminhando para tomarem seus rumos num novo regime democrático.

Como numa reação em cadeia, onze repúblicas formalizaram sua adesão à Comunidade dos Estados Independentes. Gorbachev renuncia ao cargo.

A partir desse momento, a União Soviética deixa de existir. Uma nova ordem mundial é criada.

Comente, compartilhe o nosso blog
___________________
Editor do blog

Postar um comentário

google.com, pub-1294173921527141, DIRECT, f08c47fec0942fa0