O IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE

O Império Romano do Oriente ou também conhecido como Império Bizantino, foi um dos impérios mais duradouro e importante da historia. 

Nessa postagem, vamos entender um pouco sobre a cultura bizantina, cuja participação no contexto europeu, teve desenvolvimento importantes e histórico na formação da sociedade oriental.

Constatinopla
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A FORMAÇÃO  HISTÓRICA 

Vale lembrar  que a fragmentação do Império Romano do Oriente aconteceu no final da Idade Média, no ano de 1453, quando ocorre a tomada de Constantinopla  pelos muçulmanos, território esse que alcançava  uma área  extensa do Nordeste da África,  Península  Balcânica, Norte da mesopotâmica, Palestina e Síria.

Uma população formada por diferentes povos com culturas diferentes, tais como, a cultura grega, helenística e a cultura cristã. 

A ECONOMIA

A capital do Império bizantino era Constantinopla. Um Centro político, econômico e Cultural. Fundada pelo imperador Constantino, no século IV. Sua capital ficava situado  entre a Europa e a Ásia.

Contudo, o Império bizantino não era o único interessado no controle do Oriente Médio. Havia no meio do caminho, o Império Persa.

O Império Bizantino era o ponto de ligação entre o Ocidente e o Extremo Oriente, considerando sua posição privilegiada na rota das especiarias do oriente. 

Os produtos eram levados para os centros das cidades italianas, através do Mar Mediterrâneo,  uma importante via comercial. O Mediterrâneo, era a principal rota comercial da época, considerando todos os aspectos que facilitava o fluxo do comércio marítimo.

Mapa do Mar Mediterraneo
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A cidade de Constantinopla possuía um comércio dinâmico, com produção de artigos de luxos, tais como os tecidos de linho, de seda e lá.

A PRESENÇA DO ESTADO NA ECONOMIA

O Liberalismo é um termo muito cedo para ser compreendido nesse contexto na Constantinopla. Ainda que não se possa falar de liberalismo econômico dessa época,  já havia uma forte presença do estado no controle da economia.

Leia mais sobre O liberalismo

Como o Estado fazia para manter sua presença no controle da economia estatal? O Estado interferia na economia por meio da fixação dos preços das mercadorias, salários dos trabalhadores; e outros setores dos quais dependiam o giro da economia.

Constantinopla, além de ser um centro cultural, era um importante centro financeiro com uma atividade comercial rotativa muito forte na vida urbana. 

Dentre as atividades que faziam parte desse cenário econômico,  as atividades agrícolas era uma delas. Possuía como base uma grande propriedade, onde parte delas pertencia à igreja.

Faziam parte também da economia bizantina, os grandes proprietários de terras, latifundiários, banqueiros e mercadores. Essa era a sociedade aristocrática  de Bizantina.

Esse aristocratas tinha uma vida marcada pelo luxo, na ostentação, com grandes consumos de artigos de luxos. Possuíam residências  bastante luxuosas.

JUSTINIANO, O IMPERADOR

Justiniano, governou entre os anos de 527 e 565. Esse período do seu reinado, foi considerado como o período de ouro do Império Bizantino.

Crédito

Dentre as suas realizações está aquela que foi uma das mais importantes de seu reinado: a atualização e revisão do Direito romano. 

Essa revisão e atualização durou mais de 30 anos para ser concluída, tendo como primeiro passo, a publicação do código, aquele que sistematizava todos os demais códigos, desde a época de Adriano até o reinado de Justiniano.

Essa atualização do código romano, foi importante para administração do Império, considerando que possuía, na era do seu reinado, uma variedade de povos com cultura totalmente diferentes.

O resultado dessa atualização ficou conhecida como Corpo Direito Civil, uma importante legislação que acabou inspirando leis de muitos países, inclusive o Brasil.

Outra realização do seu reinado foi a recuperação dos antigos territórios do Império Romano. Justiniano chegou a expandir seu império, conquistando territórios nas regiões mediterrâneas, inclusive, reconquistando a cidade de Roma e a Península ibérica das mãos dos povos germânicos.

O imperador Justiniano em seu reinado enfrentou muitos problemas religiosos. As chamadas heresias. 

Heresias: doutrinas ou ideias contrárias às verdades religiosas oficiais. 

Esses movimentos heréticos, acabaram por trazer graves problemas para a religião oficial, o catolicismo do oriente. Um desses movimentos heréticos era o monofisismo.

Monofisismo: doutrina que declarava que Cristo possuía apenas uma natureza divina. O monofisismo avançou de tal forma dentro da cristandade, que o imperador não conseguiu impedi-la.

Outra heresia enfrentada no reinado de Justiniano que provocou polemica na religião oficial do Estado, foi o movimento iconoclasta.

Iconoclastia: doutrina na qual proibia a representação das imagens de Cristo e da Virgem Maria, assim como dos santos. Essa era portanto, uma das grandes diferenças entre o cristianismo ocidental, com o oriental.

Essas querelas religiosas, acabou provocando o Cisma do Oriente, em 1054, momento este quando o patriarca de Constantinopla, Miguel Cerulário, se declarou independente em relação ao papado de Roma.

Esse cisma, torna, a partir de então, a efetiva existência de duas igrejas: A Igreja Católica Apostólica Romana, cujo líder espiritual é o papa, representante do cristianismo ocidental e a Igreja Ortodoxa, cujo líder é um patriarca, representante do cristianismo do oriente. Os bizantinos espalharam o cristianismo no oriente.

CULTURA BIZANTINA

Constantinopla foi o centro cultural do mundo cristão durante a Idade Media. Preservou grandes obras de artistas e pensadores clássicos.

Justiniano incentivou uma das construções e ícone da cultura bizantina: a Catedral de Santa Sofia. Marcada pela grandiosidade e luxo, essa construção era o símbolo das obras arquitetônicas de bizâncio. 

A cultura bizantina misturava  estilos diferentes  entre si, oriundas das concepções estéticas ocidentais e orientais. Podem ser observados elementos romanos, persas e gregos. 

Os bizantinos eram exímios artesãos. Um destaque dentre seus trabalhos, estão a preservação de vários manuscritos. Graças a eles e sua dedicação, muitos desses manuscritos puderam ser conservados na cultura clássica. A cultura bizantina influenciou artistas da escola veneziana, com seu estilo arquitetônico, pintura.

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