OS EXCLUÍDOS NA IDADE MEDIA

Os excluídos da história medieval. Durante a Idade Media, quais eram os medos, os receios por parte das pessoas que se viam rejeitadas, sejam por preconceitos, distinção de classes sociais, na sociedade medieval?

Num ambiente em que a detentora do poder espiritual e poder temporal era a igreja católica, as pessoas tidas como excluídas da sociedade, não tinham muito o que fazer, senão evitar cair nas mãos da igreja.

O poder da igreja não se dava apenas no campo religioso, mas se estendia, também, aos costumes da sociedade. De certa forma, a vida dos homens e mulheres medievais, eram controladas passo a passo, pela igreja, por meio de seus representantes: os clérigos, bispos e papas.

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Usufruindo desse poder, os religiosos agiam de acordo com sua posição autoritária, para exercer controle sobre a sociedade, inclusive sobre os excluídos.

A MULHER NA IDADE MEDIA

Como se sabe,  a visão medieval era patriarcal. Nesse período, a mulher não tinha seu valor devido, ainda que, em alguma instância, mulheres ocupavam algum espaço na sociedade. 

Mas no geral, a mulher não tinha muita importância na sociedade, a não ser rebaixada à condição de um ser inferior à figura masculina. A visão da época sobre o sexo feminino, estava ligada à queda no paraíso. 

A mulher foi a responsável pela queda da humanidade, no pecado, tendo como resultado à sua condição de sofredora, merecedora de castigo, sofrendo com as dores de parto.

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Para a ela, cabia-lhe cuidar do marido e filhos, cuidar da casa, receber bem os hóspedes em sua casa. Essa era a sua obrigação.

A religião consolidou ainda mais a visão, quando tratava o sexo como hostilidade. O sexo no casamento era um mal necessário, para a visão dos religiosos.

A igreja via a atividade sexual entre um casal como uma ação exclusivamente para a perpetuação da espécie. O prazer no sexo era passível de punição.

A PROSTITUIÇÃO NA IDADE MEDIA

A prostituição é bem antiga na história da humanidade. Não é algo novo. Na Idade media, com toda a moralidade imposta pela igreja, a prostituição existia com muita intensidade.

É possível afirmar que a igreja e a sociedade medieval, suportavam a existência da pratica da prostituição, chegando até a induzir que os mais pervertidos usassem as prostitutas e liberassem as mulheres respeitadas de serem molestadas.

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Nesse período, existiam bordeis particulares, municipais. Em Paris, no século XIII, podia-se ver num mesmo edifício, um bordel e uma escola. Nas casas de banho, as prostitutas agiam normalmente apesar das proibições.

Havia uma distinção entre uma prostituta e uma mulher "respeitada". A igreja fazia questão de marcar a vida das mulheres prostitutas, seja por um adereço que pudesse diferenciar uma da outra.

As prostitutas eram excluídas até de contrair casamento, comparecer num tribunal. Essa exclusão dessas mulheres estava intimamente ligada as preceitos morais impostos pela igreja medieval.

O HOMOSSEXUALISMO NA IDADE MEDIA

Evidentemente que o termo homossexualidade e heterossexualidade, na época, ainda na era conhecido tal qual os conhecemos hoje com todos seus desdobramentos. 

Durante o período medieval, principalmente nos séculos V ao IX, o homossexualismo foi muito criticado.

Há relatos de que a sodomia corria solta nos mosteiros. A quantidade de homossexuais, era grande. A igreja via no homossexualismo a tentação do demônio. 

Em muitas cidades, a atividade homossexual era observada nos bordeis masculinos. Cidades como Paris, por exemplo era uma dessas que a pratica era bastante intensa.

As razões para tanta perseguição aos homossexuais, a partir do século XIII, são varias, que vão desde o puritanismo até às contradições religiosas que tais praticas existiam entre religiosos e religiosas.

A igreja, por meio de denúncias da pratica da homossexualidade entre clérigos e nobreza, chegou a criar uma campanha moralizante, resultando posteriormente, em prisões, torturas e fogueiras para os perseguidos.

No início da Idade Media, a punição era a penitência. Depois a igreja passou a punir com a fogueira. Os homossexuais nunca tiveram oportunidades de continuarem com sua atividade homossexuais. Ou desistiam ou encaravam a fúria da igreja medieval.

Teólogos da igreja, declaravam suas posições contra a pratica da homossexualidade na sociedade medieval. Dentre esses teólogos, estava o pensador e teólogo Santo Tomas de Aquino. 

Em sua obra, Summa Theologiae, ele afirmava que todo ato sexual que não cumprisse a regra de servir à reprodução da espécie, ainda que praticado sob consentimento mútuo ou individualmente, ou mesmo sem acarretar prejuízo a outrem, era interpretado como o pior dos pecados, uma injúria a Deus.

Seguindo essa visão, era muito comum na Idade Media, atribuir às calamidades, por causa da existência da sodomia.

Então, de certa forma, os homossexuais eram culpados pelas desgraças ocorridas na Europa medieval, tal qual a Peste Negra, pelo fato de serem promiscuo, pervertidos e por essa razão, Deus estava castigando a humanidade.

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OS JUDEUS NA IDADE MEDIA

Os judeus eram perseguidos com bastante violência. As razões para tal atrocidades, são diversas, inclusive religiosas.

Para a cristandade medieval, os judeus eram excluídos da sociedade pelo fato de não acreditarem na mensagem do cristianismo e nem na figura de Cristo, como salvador da humanidade.

À época das Cruzadas, o ódio aos judeus se tornou bem acentuado. Os cristãos das Cruzadas, obrigavam os judeus a se tornarem cristãos ou seriam eliminados.

Leia mais sobre as Cruzadas

Uma outra questão sobre a exclusão dos judeus na sociedade medieval cristã, era econômica. A igreja condenava os juros, considerando-o pecado. Os judeus se dedicavam ao comercio fazendo empréstimo a juros e isso causava exclusão desses na sociedade.

Os excluídos foram as grandes vitimas desse longo período em que a igreja católica era quem controlava todos os costumes das pessoas. Muitos foram punidos e em outros casos, mortos.

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